Os filtros ativos melhoram a qualidade da energia, reduzindo harmónicas e aumentando a eficiência e estabilidade das redes elétricas em diversos cenários.
Os filtros ativos melhoram a qualidade da energia, reduzindo harmónicas e aumentando a eficiência e estabilidade das redes elétricas em diversos cenários.
Introdução
A qualidade da energia é um tema cada vez mais importante em nossa sociedade. Os filtros ativos são uma solução para mitigar os problemas de qualidade de energia e garantir a estabilidade da rede elétrica.
O que são Filtros Ativos?
Os filtros ativos são dispositivos que podem ser adicionados à rede elétrica para compensar as harmônicas e outros problemas de qualidade de energia. Eles são projetados para reduzir a taxa de distorção harmónica da tensão e da corrente, o que ajuda a melhorar a eficiência energética e reduzir os custos operacionais.
Benefícios dos Filtros Ativos
A compensação e filtragem de harmónicas são essenciais para reduzir custos de infraestrutura e operação, prolongar a vida útil dos equipamentos, evitar penalizações, diminuir perdas e melhorar a eficiência energética, garantindo maior fiabilidade, menos interrupções, eliminação de flicker, equilíbrio de cargas e prevenção de sobreaquecimento. Tudo isso se traduz em maior produtividade e menos tempos de inatividade.
Tipos de Filtros Ativos AccuSine +
A gama AccuSine+ oferece soluções versáteis para resolver diversos problemas de qualidade de energia, incluindo mitigação de harmónicas, correção do fator de potência e equilíbrio de cargas:
AccuSine PCSn: Ideal para o setor terciário (edifícios), corrige harmónicas e desequilíbrios em cargas monofásicas fase-neutro, compensando correntes de neutro típicas de cargas não lineares.
AccuSine PFV+: Projetado para a indústria, corrige fator de potência, desequilíbrio e flicker. É ultrarrápido, sem ressonância, e pode trabalhar sozinho ou com baterias de condensadores.
AccuSine PCS+: Para infraestruturas críticas e indústria pesada, corrige harmónicas, desequilíbrio e flicker em condições elétricas adversas.
Dimensionamento do Filtro Ativo
O dimensionamento de filtros ativos requer mais dados do que baterias de condensadores. É preciso definir objetivos e problemas da instalação, realizar medições no ponto de compensação e à cabeça da rede, com e sem baterias, e levantar informações como potência do transformador, cargas lineares e não lineares e fator de simultaneidade. As medições trifásicas devem incluir potências ativa e reativa, correntes RMS, THDi e THDu, além de gráficos e tabelas das harmónicas para garantir uma compensação eficaz e segura.
1. Definir o nível de poluição harmónica
Identificar cargas não lineares e lineares (kVA).
Verificar limites normativos de THDi/THDu e impedância da rede (para cálculo do ShCR).
Em novos projetos, prever indutâncias de linha (3–5%) nos variadores para reduzir distorções.
Em instalações existentes, confirmar indutâncias e considerar a impedância dos cabos.
2. Aplicar fator multiplicador
Ajustar a corrente harmónica com base na impedância:
1,1 para indutância > 5%.
1,2 para indutância entre 3% e 5%.
Até 2 se não houver impedância (não recomendado).
3. Definir limites e compensação
Estabelecer THDi ou THDu alvo (ex.: THDi < 10% para baterias de condensadores).
Calcular corrente do filtro ativo considerando TDD e cargas lineares.
Se necessário compensar energia reativa:
Determinar kVAr para atingir cos φ.
Verificar cargas indutivas e compensações existentes.
Conclusão
Os filtros ativos AccuSine+ são soluções eficazes para mitigar harmónicas, corrigir o fator de potência e equilibrar cargas, melhorando a qualidade da energia, a fiabilidade e a eficiência do sistema. Além de reduzir custos operacionais e aumentar a disponibilidade, a integração com softwares como Power Monitoring Expert (PME) permite monitorização contínua, análise detalhada e gestão proativa da qualidade de energia, garantindo maior produtividade e proteção da infraestrutura elétrica.
Recomendações
Realize medições corretamente no ponto de compensação e à cabeça da instalação, com e sem baterias.
Defina objetivos claros: mitigação harmónica, fator de potência ou equilíbrio de cargas.
Garanta impedância mínima nas cargas não lineares (3–5%) para evitar sobredimensionamento.
Integre com PME para monitorização contínua e gestão proativa da qualidade de energia.
Considere compensação reativa: calcule kVAr e verifique sistemas existentes.
Aplique normas de THD para proteger equipamentos e garantir conformidade.
Considere compensação reativa - se necessário, dimensione os kVAr para atingir o cos φ desejado e verifique compensações já existentes.