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Estudos sobre o sector do Material Eléctrico

Publicado: 31 de julho de 2008 Categoria: Outro

A Quantificação do Mercado Português de Material Eléctrico (2007) num Estudo promovido pela AGEFE

Procurando responder às necessidades do sector, a AGEFE promoveu a realização de um estudo cujo objectivo é a caracterização e quantificação do Mercado Português de Material Eléctrico. A realização deste estudo foi encomendada ao GIEM-ISCTE, e especificamente, a uma equipa liderada pelo Prof. Pedro Dionísio conhecido pela adaptação para português da bíblia francesa do Marketing Mercator. Estudo este que foi apresentado publicamente no passado dia 6 de Março, no VII Encontro Nacional de Grossistas e Importadores de Material Eléctrico também promovido pela AGEFE.

O estudo encontra-se disponível de forma inteiramente gratuita, bastando para isso fazer a sua solicitação em http://www.agefe.pt.

Do estudo…

Organização do Mercado

Muito sumariamente, o estudo refere que o mercado se caracteriza pela multiplicidade de clientes intermédios e clientes finais, juntamente com uma reduzida existência de circuitos padrão.

Na década de 90, o fabricante/ importador veio substituir o grossista na cadeia de valor, procurando fechar negócios comerciais mais favoráveis com clientes instaladores de grande dimensão e construtores, fazendo repercutir o preço a montante, com sacrifício das margens de lucro dos fabricantes/ importadores e dos grossistas.

De acordo com os resultados do estudo distinguem-se três grupos estratégicos entre fabricantes/ importadores:

  • Multinacionais de gama larga;
  • Multinacionais de gama estreita;
  • Empresas nacionais de gama estreita.

Ao nível dos grossistas, são identificados quatro segmentos:

  • Major Players – grupos ou agrupamentos com um volume de vendas pelo menos de 50 M€;
  • Average Players – operadores de dimensão intermédia e com um volume de negócio entre 10 M€ e 50 M€;
  • Small Players – operadores de pequena dimensão, com um volume de negócios inferior a 10 M€;
  • Specialized Players – operadores de pequena ou média dimensão, com um sortido estreito.

No que diz respeito à cadeia de valor, além da modificação supra descrita da “venda assistida”, estamos a assistir à diminuição da importância dos grossistas na comunicação com os clientes e na costumização de soluções e incremento da importância da função financeira dos grossistas.

Quantificação do Mercado

De acordo com os dados recolhidos o estudo estima que as vendas de fabricantes/ importadores e grossistas (retirando as vendas entre grossistas) no mercado nacional ascendam a 1.095 Milhões de Euros, das quais 48% são vendas “directas” de fabricantes/ importadores aos diferentes clientes (excepto grossistas), e 52% são vendas de grossistas (excepto a outros grossistas).

Relativamente ao destino dos produtos, estima-se que 32% seja destinado ao segmento “residencial”, 24% ao “terciário”, 29% à “indústria” e 15% às “infra-estruturas”. Estimativa esta que encontra alguma vulnerabilidade devido ao facto de parte do material não ser específico de uma área.

Em termos de importância de clientes das vendas “directas” dos fabricantes/ importadores, o estudo destaca a indústria com 14%, as utilities (EDP, REN, PT, etc.) com 9,6% e os grandes instaladores com 8,7%. Especificamente no que diz respeito aos grossistas, o destaque vai para os instaladores (excepto os grandes) com 19,1% e para os electricistas (instaladores até 5 empregados) com 9,8%.

Finalmente, no que concerne á tipologia de produtos, destacam-se os produtos de “distribuição de energia” com 21,7%. Situação que se relaciona com o grande aumento do preço do cobre que inflacionou este último grupo de produtos.

Tendências de mercado

O negócio de material eléctrico está a ser condicionado pelas seguintes macro-tendências:

  • Comportamento do consumidor – com maior enfoque na importância da casa, do design, da segurança e da facilidade de instalação;
  • Legislação e evolução económica – com os efeitos da aplicação “retroactiva do IVA e da aposta na renovação do residencial;
  • Evolução dos materiais – com o desenvolvimento de soluções electrónicas, integradas e com a nova área da eficiência energética e da produção de energias renováveis;
  • Processos de gestão – com a webização dos negócios, nomeadamente com o impacto da AgefeNet e de sites como o da Voltimum, e do aumento da formação em gestão por parte de grossistas e instaladores;
  • Globalização dos negócios – com a entrada de novos players e disseminação de produtos asiáticos.

Em relação aos grandes fabricantes multinacionais, é expectável o alargamento das suas competências por aquisição de empresas em áreas emergentes, enquanto os fabricantes portugueses tenderão a apostar numa maior especialização e internacionalização. Por seu lado, entre os grossistas, as multinacionais e agrupamentos tenderão a aumentar a sua importância, em detrimento dos small players.

Por último, é importante referir que a inovação tecnológica e as novas necessidades dos consumidores trouxeram áreas em crescimento que suplantam o decréscimo da construção tradicional. Para além do crescimento do negócio, uma das oportunidades consiste em melhorar a gestão do negócio, através da integração entre sistemas de produtores, grossistas e clientes, onde o AgefeNet e o Voltimum são ferramentas a considerar.


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