A crescente demanda por inteligência artificial está impulsionando uma revolução nos centros de dados, mas a infraestrutura elétrica pode não acompanhar esse ritmo. Com a previsão de um consumo energético entre 200 e 300 GW até 2030, os desafios para garantir um fornecimento estável de energia são cada vez maiores. Sistemas de alimentação ininterrupta (UPS) surgem como uma solução essencial para proteger equipamentos críticos e garantir a continuidade das operações.
A inteligência artificial (IA) é a grande protagonista da tecnologia atual, impulsionada por seus recentes avanços e pela rápida adoção de ferramentas como ChatGPT, Copilot e Gemini. A IA generativa está se inserindo em diversas áreas profissionais, educacionais e de lazer.
A IA gera uma enorme necessidade de processamento de dados. Estima-se que 70% do crescimento dos centros de dados nos próximos anos será impulsionado pelas exigências das cargas de trabalho da IA. Se analisarmos esse crescimento em termos de potência, a demanda dos centros de dados deve atingir entre 200 e 300 gigawatts (GW) até 2030.
O consumo final será influenciado principalmente pelos circuitos integrados utilizados e seu gasto energético, além de fatores como a modalidade de implementação da IA, seja na nuvem (cloud) ou de forma distribuída (edge). Em qualquer caso, atender a essa demanda de energia representa um enorme desafio, que já ultrapassa a capacidade dos fornecedores e operadores das redes elétricas, atrasando a construção de novos centros de dados.
Um grande problema
O fornecimento de eletricidade já é um problema em regiões com alta densidade de centros de dados para IA, como o oeste dos Estados Unidos, onde as companhias elétricas admitem não conseguir expandir suas infraestruturas de transmissão com rapidez suficiente. Há, portanto, o risco de que a demanda ultrapasse significativamente a oferta.
Tudo indica que essa situação pode chegar em breve à Europa e também à Espanha, onde há ambiciosos projetos de construção de centros de dados. Apesar do forte crescimento da geração de eletricidade por fontes renováveis, ainda existem incertezas.
Por um lado, a rede elétrica já sofre frequentemente perturbações que afetam a qualidade do fornecimento. Desde microcortes e sobretensões até ruídos e flutuações de frequência, a energia que chega a edifícios, indústrias ou residências está longe de ser ideal. Por isso, contar com o suporte de um sistema de alimentação ininterrupta (UPS) torna-se essencial, especialmente para proteger componentes eletrônicos sensíveis, como microprocessadores ou circuitos de aplicação específica (ASIC), fundamentais nos centros de dados.
Além disso, como mencionado anteriormente, a própria continuidade do fornecimento elétrico está em risco devido à rápida eletrificação da demanda e à expansão acelerada dos centros de dados para IA. Essa incerteza é inaceitável para infraestruturas críticas, tornando os UPS uma solução indispensável.
O UPS ideal para projetos de IA
Um UPS para projetos de IA deve atender a vários requisitos, como uma arquitetura modular e escalável, permitindo adaptar sua potência conforme as necessidades da instalação evoluem. Essa flexibilidade é reforçada pela possibilidade de conexão em paralelo e pela redundância, garantindo um funcionamento ininterrupto em qualquer circunstância, seja externa (falhas de fornecimento) ou interna (manutenção ou atualizações).
Para minimizar o tempo de inatividade, os UPS devem contar com tecnologia hot swap (troca a quente), permitindo a substituição ou instalação de módulos sem interromper o funcionamento do sistema. Esses aspectos, aliados a uma maior eficiência energética e sustentabilidade, serão essenciais para proteger e garantir o futuro de uma tecnologia tão revolucionária quanto a IA.
